5) Depoimentos e entrevistas.

 







 1ª ENTREVISTA 

Entrevista concedida por Maria Luisa Arruda Vieira


    1)Quais foram os principais sintomas que você teve?

 No meu caso eu fui assintomática e o meu único sintoma foi uma dor de ouvido.

2)O que foi pior para você durante a doença?

A dor de ouvido foi o único sintoma, mas o pior foi sentir ansiedade, medo e às vezes sentia até falta de ar, mas era a ansiedade.


3)Do que você teve mais medo?

     Eu  tive muito medo de piorar, ter a falta de ar e ter que ficar internada. Eu ia dormir tensa     sem saber se ia piorar ou se ia evoluir.


    4)Como foi sua reação ao descobrir que tinha contraído a doença?

Eu fiquei desesperada por conta do meu marido e das minhas filhas sem saber se eles também estavam com a doença e chorei muito.


5)Demorou para que você melhorasse?

Durante três dias tive a dor de ouvido, que foi passando, pois estava tomando antibióticos, mas fiquei no meu quarto por 12 dias que é o tempo certo de quarentena.



1° DEPOIMENTO

Relato de COVID dado por Lucelene Queçada


"Tudo começou com uma gripe.

No segundo dia de sintomas de gripe, resolvi procurar o médico devido às suspeitas de que poderia ser COVID.
O médico pediu alguns exames sangue e tomografia do pulmão.
Os resultados foram que o pulmão já estava com um pequeno comprometimento.
Já entramos com medicação para COVID, pois tudo indicava que seria, mas o exame definitivo só poderia fazer depois do 4° dia de sintomas.
Nessa primeira semana foi muito difícil, senti muita fraqueza, não conseguia comer, foi bem ruim e fiquei isolada em um quarto, para meu marido e minha filha não pegarem.
Voltei ao hospital depois de quatro dias para fazer o exame, o resultado só sairia depois de três dias, com isso já seriam sete dias, então tive a confirmação.
Nessa altura, eu estava muito mal, meu pulmão tinha piorado, então trocamos a medicação, tomei soro e muitas vitaminas, foi quando comecei a melhorar.
Terminei o período de isolamento que é de 15 dias, já bem melhor, mas fiquei com sequelas pós COVID.
O pulmão ainda está com lesão, mas menos e sendo assim tive que tomar mais medicação.
Fiquei com um tremor por vários dias e ainda senti muito cansaço.
Não é brincadeira, nós devemos tomar todos os cuidados, pois eu tive sorte, mas tem muitos que não têm."

Jornalistas: Alunos do 8° ANO (Enzo, Laura Leomil, Marina, Sofia e Thiago Colleoni)



 2ª ENTREVISTA 

Entrevista concedida por Paulo Brianezi.


    1-Qual foi sua maior preocupação ao saber que contraiu o vírus?

    Saber que é uma doença nova, médicos não preparados para lidar com a doença, incerteza dos medicamentos e preocupação com a família.

    2-Qual foi a parte mais chata do isolamento social?

    Chato foi se sentir um ser que pode transmitir algo ruim para os outros, ver todos com     equipamentos de proteção para chegar até você; com a tecnologia, o isolamento acaba     deixando a gente de certa maneira, junto das pessoas, o que é bom.

    3-Como você acha que contraiu o vírus?

    Em uma viagem para a Europa onde as pessoas ainda não estavam se cuidando contra o     vírus.

    4-Do que você mais sentiu falta?

    Senti muita falta de encontrar a família, de poder viajar, de andar nas ruas livremente.

    5- Como o Coronavírus afetou sua vida?

    Confesso que me tornei mais medroso, apesar de fazer 7 meses que contraí o vírus, ainda     sinto que meu organismo não está 100%. O coronavírus deixa você inseguro e ansioso; é     preciso cuidar da mente e saber que tudo é passageiro.

    6-Quais foram os primeiros sintomas que você teve?

    Único sintoma que tive foi dor no peito .


2° DEPOIMENTO

Relato de COVID dado por Joaquim Carvalho Dias 


"Quando peguei o coronavírus, não tive tantos sintomas, lá pelo 6º dia comecei com um pouco dor de garganta, mas nada além. Nos dias seguintes senti muita dor nos olhos e um pouco de dor de cabeça nas partes laterais, mas foi apenas isso. Contraí o vírus pelo meu pai, que passou para meus irmãos e minha mãe, que ficou sem paladar. Ficamos em isolamento por 15 dias e agora todos estamos curados."

Jornalistas: Alunos do 8° ANO (Laura Melo, João Vitor, Joaquim, Raphael, Luiza)


 3ª ENTREVISTA 

Entrevista concedida por Marcos Paulo Visoto Nazaré



1. Como você descobriu que teve Covid?

Através de exames.

2. Como você e seus familiares reagiram à noticia?

Ficamos apreensivos.

3. Em qual época você pegou o Covid?

Peguei na época em que houve vários casos confirmados na minha cidade.

4. As pessoas que moram com você também pegaram?

Sim. Minha esposa.

5. Quais foram os sintomas?

Meu sintoma foi a febre (foram oito dias de febre).

6. Como a Covid afetou a sua rotina diária?

Minha rotina foi totalmente alterada. Os dias no hospital foram difíceis, mas a força e fé da minha família foram muito importantes para minha recuperação. Como eu e minha esposa pegamos na mesma época ficou bem difícil nossa rotina. Compra de supermercado tinha que ser feita por aplicativo. Foi bem difícil.

7. Como você se tratou? Tomou algum medicamento?

Antes de saber do resultado do exame tomei antibiótico e antiflamatório. Assim que saiu o resultado fiquei cinco dias internado tomando os medicamentos necessários, depois mais 20 dias em isolamento sem a necessidade de medicamentos

 

FRUSTRAÇÕES, APRENDIZAGENS E EXPECTATIVAS

  • Carolina: Minhas frustrações durante a pandemia foram não poder ver meus amigos e familiares, não poder sair e socializar, já que eu gosto muito de fazer isso e não poder ir para escola, porém com as frustrações vieram os aprendizados, por exemplo: comecei a cuidar mais de mim mesma, aprendi quem são meus amigos de verdade e a passar mais tempo em família. Minhas expectativas para 2021 são que a vacina chegue logo, e que eu possa viajar muito, sair e voltar para a escola.
  • Mariana: Com a pandemia vieram muitas coisas boas, como algumas aprendizagens, mas claro, também vieram muitas frustrações, como não poder ver nossos amigos e família, não poder sair de casa, e no meu caso nem consegui conhecer a filha da minha prima que acabou de nascer. Como eu disse no começo, também aprendemos muitas coisas, temos mais higiene e também aprendemos a valorizar mais nosso tempo com a família e com os amigos. Mas, precisamos ficar pensando positivamente. Eu acredito que logo vamos ter uma vacina e as nossas vidas voltarão ao normal.

  • Thiago Laurenti: As minhas frustrações desse ano foram que eu seria padrinho do casamento da minha dinda e também não consegui sair com meus amigos, e quase não teve meu aniversário, e não teve aulas presenciais e foi bem difícil. Eu queria viajar com minha família para praia no natal e a gente não vai mais por causa da quarentena. Eu aprendi a mexer mais com as tecnologias e também tive que me adaptar às aulas online. Minhas expectativas para quando a quarentena acabar é que consiga ver os amigos de novo, voltar as aulas presenciais, e que não precise mais usar máscara.

  • Filipe: Nessa pandemia eu tive várias frustações como não conseguir aprender e tentar coisas novas fora da escola; várias aprendizagens, aprendi que ter aulas online não é muito interessante, por isso precisei aprender a ter uma autonomia para os estudos e que as informações podem ser facilmente manipuladas; também estou com expectativas para que em 2021 tudo se normalize e que a vacina seja desenvolvida o mais rápido possível.

  • Otávio Carneiro: minhas frustrações foram que eu não pude ter contato com meus amigos e familiares, mas eu também tive aprendizagens como dar mais valor à minha vida e aos meus amigos e familiares, e minhas expectativas são que até o começo do ano de 2021 volte tudo ao normal .

 


Jornalistas: Alunos do 8° ANO (Filipe, Otavio Carneiro, Mariana, Gabriella, Carolina, Thiago Laurenti)


 4ª ENTREVISTA 

Entrevista concedida por Marilza - 47 anos



  • Seu estado ao contrair a Covid-19 foi grave ou não?
    Sim, meu estado foi grave.

  • Quando você foi diagnosticada, qual foi o tratamento e as precauções médicas tomadas?
    Fiquei internada no hospital, deitada, em isolamento total tomando alguns medicamentos e     fazendo exames todos os dias. O medico passava apenas uma vez ao dia para visita.

  • Quais foram os seus sintomas?
    Fiquei com febre, perdi o paladar e o olfato e senti muitas dores no corpo. Depois de três        dias, fiquei com falta de ar.

  • Houve alguma sequela? Se sim, qual?
    Sim, fraqueza nas pernas.
  • Como você reagiu ao saber que tinha contraído essa doença? E a sua família?
    Primeiramente, fiquei bastante preocupada com a transmissão. Então, tomei todas as            providências necessárias para não transmitir para outras pessoas. Mas, infelizmente, quase    toda a minha família teve covid.

  • Quais foram as suas frustações durante esse período?
    Não ter nenhum contato com a família e com ninguém.

  • O que você aprendeu depois de tudo isso?
    Que a vida é cheia de surpresas.




ULTIMOS DEPOIMENTO

AMANDA – 23 anos


Bom, foi um momento totalmente inesperado. Para você ter noção, até hoje não sei onde e nem de quem eu acabei pegando. Me senti mal em uma sexta-feira, 14 de agosto, durante meu trabalho. Fui embora, tomei alguns remédios e acabei melhorando. Mas domingo à noite comecei a passar mal de novo. Muita dor no corpo e muita dor de cabeça. Então, segunda-feira fui ao médico e já me colocaram como caso notificado e em isolamento. Ai passou uma semana, fui fazer o exame e deu positivo. Fiquei surpresa, porque já estava melhor. Fiz até outro teste, mas também deu positivo. A partir daí, já comecei a ficar preocupada com as pessoas que tive contato, principalmente meus pais que são do grupo de risco. Mas, enfim, aconteceu e me senti muito culpada por ter tido a possibilidade de contagiar mais alguém. Mesmo passando alguns dias, eu ainda me sentia muito mal. Agora, quase dois meses depois, eu ainda não sinto o gosto nem o cheiro das coisas direito. Só que a pior parte dessa experiência, foi o preconceito. Chegou ao ponto de eu acabar tendo que mentir sobre o resultado do meu teste para pararem de me ligar e também para que as perguntas invasivas parassem.”



SOLANGE – 53 anos

Começou com uma dor de cabeça e com um desanimo muito grande. Mas, eu não estava pensando que poderia ser a Covid. E os sintomas foram aumentando, ao ponto de eu levantar, ir ao banheiro, voltar e já estar muito cansada. Até que eu fiquei internada. Fiquei no hospital por nove dias e, durante sete fiquei com o oxigênio. Graças a Deus não precisei ir para a UTI. Eu senti uma angustia muito grande, sabe? Você não consegue pensar em coisas boas, parece que tem um oco na sua cabeça. Infelizmente, a gente só pensa no pior. Eu tentava rezar, tentava pedir misericórdia e só concluí que a gente só pensa que tem força, porque no final, a gente não tem. Até que uma amiga me passou uma mensagem falando para tentar mudar a posição que eu estava deitada. Nisso, comecei a ficar mais animada. Voltei a comer melhor, tirei aquela camisola feia que eu estava usando e consegui ficar mais tempo em pé olhando pela janela do hospital. Mas, é uma falta de ar muito grande e uma tristeza muito profunda de você ficar sozinha naquele quarto sem ter ninguém para conversar e nem o celular ou a televisão você tem coragem de ligar. É um desabafo isso que eu estou falando. A minha sorte é que eu tive muitas pessoas orando e intercedendo por mim, porque eu acho que sem Deus a gente não consegue sair dessa.”


FERNANDO DA COSTA – 63 anos

Eu sou um enfermeiro e acabei pegando a Covid durante o meu trabalho. Meu estado foi muito grave até que fui parar na UTI. Meu tratamento foi feito com antibióticos, anti coagulantes, corticoides e ivermectina. Tive muita tosse, uma falta de ar muito intensa, diarreia, anorexia e a perda do olfato. Como consequência tive algumas sequelas como dores no corpo, falta de ar e cansaço ao fazer esforço."


JOSÉ RICARDO – 52 anos

    “Sou um enfermeiro e tenho quase certeza que peguei a Covid durante meu turno de trabalho. Meu estado não foi muito grave, já que consegui fazer o tratamento em casa. Os médicos usaram antibióticos e outros remédios para me curarem. Alguns de meus sintomas foram a perda do olfato, paladar alterado, diarreia, dor de cabeça, falta de ar e enjoo. Como sequela tive as mais comuns: dores no corpo, falta de ar e cansaço ao fazer esforço."


ALEXANDRE – 14 anos


"Eu e minha família fomos vitimas da Covid-19. Nós tomávamos muito cuidado, mas mesmo assim pegamos. Meu pai começou a sentir uma dor de cabeça e um resfriado forte, eu havia perdido o paladar e o olfato e minhas duas irmãs estavam com um resfriado fortíssimo, então meu pai resolveu fazer o teste por conta dele ser diabético e estar no grupo de risco. Após o resultado sair, foi comprovado que ele estava com o vírus. Todos nós fizemos o teste, depois de um dia e meio saiu o resultado. Com isso, foi comprovado que eu e minha irmã mais velha também estávamos com o vírus. Nos isolamos na roça por 22 dias, depois desse período fizemos novamente os testes, meu pai e minha irmã já estavam imunes, já eu continuava na fase de transmissão. Mais uns dias se passaram, fiz novamente o teste e já não estava transmitindo, então voltamos para casa. Porém, minha irmã que não havia pegado começou a sentir os sintomas e fez o teste que acabou dando positivo. Ficamos mais alguns dias isolados, mas depois deu tudo certo e voltamos para casa sem sequelas. Emocionalmente, ficamos péssimos durante esse tempo, porque meu pai estava no grupo de risco, então só pensávamos em coisas negativas.”


Jornalistas: Alunos do 8° ANO (Alexandre, Otávio Tassi, Maria Luísa, Bruno e João Gabriel)



Editora: Professora: Cláudia 

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